quarta-feira, 23 de março de 2011

Ter asas

Queria ter asas,
e voar
para nunca mais parar.

Queria ter asas,
para os mais pequenos
abrigar.

Queria ter asas,
para poder imaginar
o que irei realizar.

Queria ter asas,
para lá no alto
o de mais belo tocar.

Queria ter asas
para dizer
que bom é voar.

Quem dera ter asas
para de imediato sair
e já não voltar.

Quem dera ter asas
e os outros
presos a terra deixar.


Van Gogh - Amendoeiras

sábado, 19 de março de 2011

Pensamentos 2

Meu 1º trabalho em técnica de guardanapo sobre tela


                                           

Não sentem no tempo
algo de diferente?
Como se o intemporal
estivesse na iminência  de
o deixar de ser?

Tudo é rapidamente
passado,
e o futuro está cada vez mais próximo

Conseguem sentir a velocidade do tempo?
Quase não dá para perceber,
o que é um e outro,
e no rodopio da mistura,
compreendemos que tudo é ténue e vago.






sexta-feira, 18 de março de 2011

Pensamentos 1

Apesar de tudo,
estamos aqui para alguma coisa,
sem sabermos bem o quê,
depois de tudo o que nos dizem,
continuamos a dar o nosso melhor,
mesmo que ninguém repare e dê valor.

Deveriamos ser um pouco como as formiguinhas,
tão ingénuas, sábias e persistentes.
Mas, não somos.

Parece que uns neurónios a mais faz a diferença.
Algures no universo, alguém pensará como eu, ou não.

Se calhar não deve haver nada para pensar.

Não sei para quê tanto latim e preocupação.
O tempo tudo resolve, é só deixar correr.

Março 2011

Natureza 2

Sobre os Melros 2

As gotas do orvalho
pesam sobre a
gentil grama

O assobio do melro,
cristalino,
corta a manhã.
A velha oliveira,
pesarosa,
verga-se perante o tempo.

A folha cai,
numa dança única,
só no solo repousa.

Por entre os ramos da oliveira,
olham dois melros,
sem pensar.

Ouve-se um chilrear ensurdecedor,
um grupo de crianças,
passa.

As primeiras folhas,
brilham,
na jovem árvore,
orgulhosa.

Na velha rotina,
passa com passinhos apressados,
o melro.

Um melro,
num ramo ao entardecer,
olha o último raio.

Março 2010

(Finalmente o Inverno chega ao fim...)



quinta-feira, 17 de março de 2011

Natureza

Sobre os Melros - 1

Húmida a manhã,
o canto do Melro,
anuncia a Primavera.

Amanhece sempre
de igual forma,
hoje não sou a mesma.

Um banco de Jardim,
num dia de sol,
dois melros põem
a conversa em dia.

Março 2010

Acho que já não estou assim tão em branco....

quarta-feira, 16 de março de 2011

Geisha

Geisha

O meu último desenho a lápis de cor em papel.

Do branco se faz cor




cecile be sereli

Estou em branco,
apenas as linhas,
saltam à mente,
sem que mais nada aflua.

O mais dificil é começar...
Ante os meus olhos cansados,
ondulam ao vento e
agitando as letras que voam em fantasia,
assim surge o começo.

No ínicio foi assim...